A atual conjuntura política do país revela um movimento preocupante: a busca pelo domínio absoluto, eliminando a necessidade de alianças e, principalmente, de eleições justas. "O PT tá destruindo o país e, ao fazê-lo, me parece que eles estão confiantes de que não precisam mais do centrão fisiológico", alertou Rodrigo Constantino, comentarista do Bradock Show. A nomeação de Gleisi Hoffmann e Guilherme Boulos para cargos estratégicos evidencia essa segurança, enquanto Alckmin já ensaia sua saída de cena. O governo parece ter descartado qualquer necessidade de diálogo e se considera fortalecido o suficiente para ignorar a "coisa chata da eleição de quatro em quatro anos".
A grande questão é: haverá uma eleição legítima? "Se houver eleição minimamente justa, qualquer um tem muita chance de ganhar do Lula", afirmou Constantino. No entanto, o establishment já se movimenta para fabricar uma "direita permitida", promovendo nomes como Tarcísio de Freitas, enquanto Bolsonaro segue como a verdadeira pedra no sapato do esquema. "O Bolsonaro ainda está aqui. Vão fazer o quê com ele? Vão prender? Vão fingir que há uma democracia forçando o Tarcísio como candidato da direita permitida?" A tentativa de controlar o tabuleiro passa por definir quais adversários podem ou não concorrer, sempre manipulando o jogo em favor do sistema.
Se o governo buscar impedir essa escolha, o país se tornará irreconhecível, mais próximo de regimes como Venezuela e Nicarágua. "Aí começa a parecer muito Nicarágua, né? Venezuela", pontuou Constantino. O objetivo final é claro: impedir que Bolsonaro esteja na urna em 2026. "Só existe resquício de democracia se em 2026 tiver lá o número e o nome na urna de Jair Bolsonaro pra gente poder optar. Só assim." Sem isso, não há ilusão democrática que se sustente, apenas um projeto de poder que dispensa o incômodo de eleições livres..