Na última quarta-feira, uma visita inesperada de Alexandre de Moraes ao Congresso Nacional acendeu o alerta sobre possíveis manobras para impedir a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que miram o Poder Judiciário. Segundo o G1, Moraes teria dialogado com Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, em uma estratégia orquestrada com Luís Roberto Barroso, presidente do STF, para evitar a CPI de Abuso de Autoridade do Judiciário.
Esta ação de Moraes suscita sérias preocupações sobre a autonomia do Congresso e a transparência do Judiciário. O encontro, embora descrito como uma tentativa de diálogo, sugere uma influência indevida do STF sobre o Legislativo. A postura adotada pelo ministro reforça críticas frequentes sobre a interferência excessiva do Judiciário em outros poderes.
O Congresso sinaliza a instalação de cinco novas CPIs, mas a hesitação de Lira em avançar com a investigação específica sobre o Judiciário é vista como um recuo preocupante, talvez motivado pelo desejo de não se isolar politicamente. Este episódio lança uma sombra sobre a necessidade de maior fiscalização e equilíbrio entre os poderes, essencial para o fortalecimento da democracia e da justiça.