O paradoxo da anistia e da censura

A incoerência de um país onde os combatentes da liberdade se tornam os censores

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O paradoxo da anistia e da censura

Em uma reflexão sobre o cenário político atual, Andre Marsiglia questiona o estado de um país onde aqueles que foram anistiados clamam por mais punições, enquanto advogados garantistas se tornam defensores da prisão. A crítica vai além da política e alcança o mundo artístico e jornalístico, onde figuras que deveriam zelar pela liberdade de expressão aplaudem a censura. A inversão de valores parece ser a norma, com os mesmos que pregam a tolerância sendo os primeiros a atacar quem discorda.

O próprio Marsiglia expõe o paradoxo: "O ódio ao adversário ideológico é o que move os que vivem do combate ao discurso de ódio". Essa contradição não é apenas uma crítica, mas um reflexo da falta de coerência em setores que se dizem defensores da democracia, mas que acabam por sufocar as vozes contrárias.

Em tempos de polarização, o que parece ser a defesa da liberdade é, na realidade, uma ditadura do pensamento único, onde a diversidade de ideias é silenciada em nome da "proteção" contra discursos considerados perigosos.