Nesta terça-feira (30), a Organização dos Estados Americanos (OEA) rejeitou os resultados das eleições presidenciais da Venezuela, realizadas no domingo (28). Embora o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) tenha declarado Nicolás Maduro como vencedor com 51% dos votos, a OEA expôs uma clara inclinação do CNE a favor do regime ditatorial, evidenciando graves irregularidades. Segundo o relatório da OEA, a oposição detém evidências de que o candidato opositor, Edmundo González, teria obtido mais do que o dobro dos votos de Maduro.
O descontentamento eclodiu em protestos em várias cidades venezuelanas, enquanto líderes internacionais demandam transparência. O relatório da OEA afirma que "os acontecimentos da noite eleitoral confirmam uma estratégia coordenada para minar a integridade do processo eleitoral", e denuncia que o sistema eleitoral está a serviço do regime, e não dos cidadãos. Maduro, por sua vez, defendeu o sistema como o “melhor e mais transparente do mundo”, mas enfrenta crescente descrédito e apoio limitado de governos autocráticos.