A tentativa dos Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Paraguai de condenar a fraude eleitoral e a repressão do regime de Nicolás Maduro na Venezuela foi frustrada pela ação estratégica de Brasil e México. Embora a proposta tenha recebido apoio de 17 países na OEA, a falta de uma maioria especial necessária resultou em sua rejeição, graças ao bloqueio dos dois países, que também influenciaram 11 nações a se abster. Essa manobra diplomática revela o crescente alinhamento do Brasil e México com regimes autocráticos e a recusa em enfrentar a opressão venezuelana.
A rejeição da resolução proporciona um alívio temporário para Maduro, que intensifica a repressão e rompe relações diplomáticas com críticos. Enquanto líderes como Lula e López Obrador demonstram sua disposição de apoiar o regime venezuelano, a ausência de consenso regional fortalece a posição de Maduro, destacando a fragilidade das estratégias democráticas frente ao poder político autocrático.
Conteúdo da Resolução Rejeitada
A resolução rejeitada propunha:
- Reconhecer a participação significativa e pacífica do eleitorado venezuelano nas eleições de 28 de julho de 2024.
- Instar o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela a publicar imediatamente os resultados das eleições e realizar uma verificação completa dos resultados com a presença de organizações independentes para garantir transparência.
- Declarar a prioridade de proteger os direitos humanos fundamentais na Venezuela, especialmente o direito de manifestação pacífica.
- Ressaltar a importância de preservar todos os equipamentos usados no processo eleitoral para manter a integridade da votação.
- Expressar solidariedade ao povo venezuelano e pedir ao governo que garanta a segurança das instalações diplomáticas e do pessoal residente na Venezuela, conforme o direito internacional.