O Supremo Tribunal Federal (STF), em uma postura de notável omissão, permanece silente diante de questões cruciais relacionadas à inclusão do perfil Choquei, conhecido por suas fofocas e ativismo político, no Inquérito 4.781, também conhecido como Inquérito das Fake News. Este silêncio ocorre mesmo após a trágica revelação de que o Choquei desempenhou um papel direto na propagação de uma notícia falsa que culminou no falecimento de uma jovem.
Uma semana depois de o Choquei admitir, através de uma nota oficial em redes sociais, que disseminou fake news agravando a depressão e motivando a tragédia de uma jovem de 22 anos, o STF ainda não se manifestou sobre a possível responsabilização dos gestores da página. Esta inação levanta sérias questões sobre a imparcialidade do Tribunal.
Raphael Sousa Oliveira, responsável pelo perfil Choquei, mantém estreita relação com a primeira-dama da República, Janja da Silva. Utilizou-se de sua influência digital para apoiar a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022, divulgando informações privilegiadas fornecidas por Janja como "furos de reportagem".
Apesar dos esforços do jornal Gazeta do Povo em buscar esclarecimentos do STF, a Corte, até o presente momento, não respondeu se incluirá os responsáveis pelo Choquei no Inquérito 4.781 ou em outra investigação pertinente.
Essa inércia contrasta fortemente com ações anteriores do STF, particularmente do ministro Alexandre de Moraes, que prontamente incluiu diversos indivíduos sob a alegação de serem disseminadores de fake news, especialmente críticos do Supremo. A maioria desses investigados no inquérito, que se aproxima de cinco anos de duração, são identificados com o espectro político de direita e já sofreram diversas sanções, como o bloqueio de redes sociais, afetando até parlamentares em exercício.
Diante do escândalo envolvendo o Choquei e várias páginas de fofoca ligadas à agência Mynd8 na disseminação de notícias falsas com consequências fatais, o silêncio do STF é tanto surpreendente quanto revelador. Mesmo com a maioria dos ministros em recesso, alguns, incluindo o relator do inquérito das fake news, Moraes, permanecem em atividade. No entanto, não há indicações de que este grave incidente esteja recebendo a devida atenção.
Esta postura do STF sugere uma preferência ideológica na condução de suas investigações e ações, lançando dúvidas sobre a imparcialidade e o compromisso da Corte com a justiça equânime. A situação demanda uma reflexão urgente sobre a integridade das instituições brasileiras e a necessidade de um judiciário verdadeiramente imparcial, que defenda os princípios de justiça e equidade, independentemente de alinhamentos políticos.