Donald Trump obteve uma vitória avassaladora nas eleições norte-americanas, desmontando as análises que indicavam uma disputa acirrada. A noite eleitoral foi marcada pela rapidez com que Trump consolidou sua vantagem sobre Kamala Harris, candidata democrata, superando-a em votos populares e no colégio eleitoral. Mesmo o comitê de campanha de Trump mantinha cautela, mas o resultado surpreendeu até os mais otimistas.
A vitória incluiu todos os sete estados-pêndulo, considerados decisivos. A força de Trump em regiões historicamente democratas garantiu uma vantagem inédita, quebrando a estratégia adversária e encerrando cedo as esperanças de uma virada. Esse avanço decisivo em redutos da oposição representou um golpe certeiro para os democratas, que contavam com a tradição dessas áreas para sustentar sua candidatura.
No amanhecer desta quarta-feira, a “onda vermelha” já era realidade, solidificando o apoio popular e dando ao presidente eleito uma base fortalecida para os desafios que virão.
Maioria dos Delegados
Trump garantiu 292 delegados no Colégio Eleitoral, contra 224 de Kamala Harris, superando os 270 necessários para vencer, com estados como Alasca e Nevada ainda pendentes. Nos EUA, a vitória depende da maioria de delegados nos estados decisivos, mais que dos votos populares, mas Trump liderou em ambos. Em 2016, ele venceu Hillary no colégio eleitoral; agora, ampliou sua força, com 71,8 milhões de votos contra 67 milhões da democrata.
Desempenho nos estados-chave
Os sete estados-pêndulo desta eleição, Geórgia, Michigan, Arizona, Nevada, Carolina do Norte, Wisconsin e Pensilvânia receberam atenção estratégica das campanhas por serem decisivos e de preferência variável. Até agora, Trump venceu em cinco deles (Geórgia, Carolina do Norte, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia). Nos outros dois, ele segue liderando, o que indica uma reversão em relação a 2020, quando Biden ganhou em quase todos esses estados.
Sinal vindo dos subúrbios norte-americanos
Donald Trump registrou um crescimento significativo nos subúrbios dos grandes centros urbanos americanos, onde teve maior votação que em eleições anteriores. A “onda vermelha” dos trumpistas começou a ganhar forma com a redução de votos democratas em cidades historicamente de oposição, como Phoenix, Nova Orleans e Kansas. Em estados como Minnesota, Novo México e Virgínia, Kamala Harris venceu, mas com margens menores que o previsto.