A ONU realizará nesta quarta-feira (24) uma reunião paralela à Assembleia Geral para discutir democracia, mas os Estados Unidos foram excluídos. O argumento do grupo organizador, liderado por Brasil, Espanha, Chile e Uruguai é de que o governo de Donald Trump “questiona instituições democráticas”, citando o STF como exemplo. A decisão expõe a inclinação ideológica do encontro, dominado por países e lideranças de perfil progressista.
Na edição de 2024, o governo Biden enviou um representante de segundo escalão, o que já havia gerado mal-estar. Agora, em meio ao endurecimento das relações com Trump e às sanções aplicadas ao Brasil pelo julgamento político contra Jair Bolsonaro, a exclusão escancara a seletividade do grupo. Para Lula, a manobra é também um escudo para blindar narrativas internas contra seus opositores.
Com 193 países-membros, a ONU justifica a limitação do número de convites, mas a escolha dos participantes deixa clara a predominância de nações alinhadas a um mesmo viés ideológico. Enquanto isso, Lula e seus aliados utilizam a tribuna internacional para atacar a chamada “extrema-direita” e reforçar pautas que interessam à velha militância de esquerda.