A ofensiva do governo contra a liberdade de expressão escalou para novos patamares com a recente ação da Secretaria de Comunicação (Secom) e do Ministério da Justiça, liderados por Paulo Pimenta e Ricardo Lewandowski, respectivamente. Em uma clara demonstração de abuso de autoridade, ambos solicitaram investigações contra parlamentares da oposição, acusando-os de disseminar "fake news" durante as recentes enchentes no Rio Grande do Sul.
Esta medida provocou uma resposta imediata das lideranças da oposição, que não só apresentaram uma denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os ministros por abuso de autoridade, mas também os convocarão para prestar esclarecimentos perante a Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados.
A tentativa de censura não se limita a acusações vazias; reflete uma estratégia mais ampla de controlar o discurso e limitar a fiscalização das ações governamentais, uma tática que, segundo o líder da oposição Filipe Barros (PL-PR), visa colocar o país "em pé de guerra". Esta é uma alarmante ameaça à democracia e ao direito constitucional de crítica, essencial para a manutenção da transparência e da justiça em qualquer nação que se preze.