O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mantém sua postura indiferente frente aos pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar das novas revelações da Folha de S.Paulo, que indicam que Moraes teria ordenado a produção de relatórios contra aliados de Jair Bolsonaro, Pacheco não demonstra intenção de avançar com os processos. O entendimento entre seus aliados é que a ação bolsonarista não encontrará respaldo na Casa.
A ofensiva contra Moraes ganhou ímpeto após a divulgação das mensagens que indicam possíveis abusos de poder por parte do ministro. Embora haja cerca de 20 pedidos de impeachment tramitando, todos permanecem sem andamento. O cenário reflete uma resistência dentro do Senado, onde o movimento contra o Judiciário, especialmente contra Moraes, é visto como um exercício mais simbólico do que uma ameaça real ao cargo do ministro.
Enquanto a oposição bolsonarista, liderada por figuras como Eduardo Girão (PL-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF), tenta usar as novas evidências como arma política, a reação de Pacheco sugere uma clara falta de entusiasmo em fomentar uma verdadeira crise institucional. O apoio ao pedido de impeachment parece distante, com o presidente do Senado continuando a ignorar os apelos de seus pares.