Um coletivo de 68 parlamentares de partidos como Novo, União Brasil, PL e Podemos tomou uma medida drástica ao denunciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Tribunal Penal Internacional de Haia. A acusação central gira em torno de comentários do presidente que teriam equiparado a resposta de Israel a ataques do Hamas ao Holocausto, uma declaração interpretada como antissemita pelos denunciantes.
A polêmica ganhou força também em âmbito nacional, com ações movidas na Procuradoria-Geral da República e a formulação de um pedido de impeachment, reunindo cerca de 140 signatários. As críticas ao presidente emergem de uma comparação considerada por muitos como inapropriada e insensível, dadas as conotações históricas e a gravidade do Holocausto.
A denúncia, formulada com veemência, alega que a comparação feita por Lula "é um ato de irresponsabilidade e desinformação", desrespeitando o sofrimento das vítimas do Holocausto e banalizando o antissemitismo. Além disso, argumenta-se que tais declarações buscam deslegitimar as ações defensivas de Israel, comprometendo a segurança da população israelense diante de "ataques terroristas incessantes e indiscriminados" atribuídos ao Hamas.
Entre os signatários da denúncia, destacam-se figuras políticas como o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Kim Kataguiri e Carlos Jordy (PL-RJ), evidenciando uma ampla frente de oposição que repudia as comparações feitas pelo presidente.
A situação reflete a complexidade das relações internacionais e a sensibilidade dos temas relacionados ao antissemitismo e à política de defesa de Israel. A reação dos parlamentares brasileiros ao posicionamento do presidente Lula destaca as divergências políticas internas e o impacto das declarações presidenciais no cenário global, reacendendo debates sobre liberdade de expressão, diplomacia e a importância da precisão histórica nas discussões políticas.