A comunicação do governo federal enfrenta uma reformulação significativa. Apesar de ainda ostentar o título de ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta tem perdido espaço nas decisões estratégicas do Palácio do Planalto. Durante a internação de Lula, Pimenta foi excluído das discussões essenciais, sendo substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira, responsável pela campanha de 2022, que já sinaliza interesse em assumir o comando da Secom.
Fontes próximas ao governo revelam que Lula busca uma "saída honrosa" para Pimenta, evitando sua exoneração direta. Entre as possibilidades estão uma liderança na Câmara ou uma secretaria especial. As mudanças integram um conjunto de ajustes prometidos pelo presidente para o início de 2025, incluindo medidas que visam controlar a instabilidade no mercado financeiro. Os conselhos de Palmeira já influenciam Lula, como o recente discurso para tranquilizar investidores.
A crise cambial reforça a pressão sobre o governo. O dólar atingiu níveis históricos, reflexo da resistência de Lula em aprovar ajustes fiscais de forma mais ágil. Embora o pacote de Fernando Haddad tenha sido aprovado, o impacto só será sentido em 2025, já que a Lei Orçamentária Anual será votada após o recesso parlamentar. O futuro da comunicação oficial é apenas um dos desafios que a gestão enfrenta diante de um cenário político e econômico conturbado.