PCC, Comando Vermelho e bicheiros usam 'bets' para lavar e ampliar seus lucros

Investigações ao redor do Brasil apontam que controle de organizações criminosas sobre casas de apostas está por trás de disputas territoriais, ameaças e até assassinatos

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PCC, Comando Vermelho e bicheiros usam 'bets' para lavar e ampliar seus lucros
PF fez operação em abril mirando casas de apostas que seriam ligadas ao PCC no Ceará: mercado de bets é pano de fundo de disputas territoriais e até assassinatos pelo país Reprodução/Polícia Federal

Facções criminosas como o PCC e o Comando Vermelho estão explorando o mercado de apostas esportivas, utilizando-o para lavar receitas ilícitas e maximizar seus lucros. Investigações em estados como Rio, Ceará e Rondônia revelam a intensa disputa por este lucrativo setor, que tem sido cenário de assassinatos, incêndios e ataques. Em 2022, a Polícia Federal prendeu parentes de Marcola, líder do PCC, envolvidos com casas de apostas, destacando a interconexão entre crime organizado e apostas online.

O Congresso aprovou recentemente legislação para regulamentar e taxar apostas esportivas, mas as investigações mostram que o mercado continua vulnerável à infiltração criminosa. No Ceará, a concorrência entre PCC e CV pelo controle das apostas resultou em conflitos violentos. No Rio, bicheiros como Rogério Andrade diversificam negócios com apostas online, enquanto em Rondônia, a PF identificou sites de apostas lavando dinheiro de tráfico de drogas. Este cenário reforça a necessidade urgente de regulamentação rigorosa para impedir que o crime organizado se aproveite desse mercado em expansão.