Laudo elaborado por junta médica do Instituto Nacional de Criminalística concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta hérnia inguinal bilateral e necessita de cirurgia em caráter eletivo “o mais breve possível”. O documento foi encaminhado nesta sexta-feira (19) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Segundo a perícia, uma ultrassonografia realizada em 14 de dezembro confirmou o diagnóstico, sem sinais de urgência imediata, como encarceramento ou estrangulamento da hérnia. Ainda assim, os médicos apontaram “piora progressiva” do quadro, atribuída ao aumento da pressão intra-abdominal provocado por episódios recorrentes de soluços e tosse crônica.
O laudo descreve a evolução clínica: em agosto de 2025, exames não indicavam alterações; em novembro, foi identificada hérnia unilateral; e, em dezembro, confirmou-se o comprometimento bilateral. A defesa informou ao STF que o estado de saúde do ex-presidente é “grave, complexo e progressivamente debilitado” e defende medidas para garantir tratamento adequado.