A promessa de campanha do presidente Lula de que os brasileiros voltariam a consumir "cervejinha e picanha" está sendo questionada pelas cervejarias, que utilizam a insatisfação popular como argumento na reforma tributária. Dados do Instituto Locomotiva revelam que 72% dos brasileiros acreditam que o governo não está cumprindo a promessa de tornar esses produtos mais acessíveis. Entre as classes D e E, 67% compartilham essa decepção, enquanto entre os evangélicos o descontentamento chega a 79%. Além disso, 74% dos entrevistados consideram "injusto" o aumento de impostos sobre esses itens após a promessa do presidente.
O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados está em fase final de discussões com técnicos do governo sobre o relatório da reforma tributária, que deve ser votado no plenário antes do recesso parlamentar. As cervejarias esperam que as negociações mantenham a carga tributária atual para evitar um impacto negativo ainda maior. Essa situação revela a crescente insatisfação com a administração atual, que parece distante de cumprir suas promessas de campanha. A eficácia do governo em atender às necessidades básicas da população está em xeque, e a confiança do eleitorado segue em declínio.