Na última sexta-feira, o mercado de petróleo testemunhou uma leve retração nos preços, um reflexo das dinâmicas complexas que permeiam o cenário global atual. Apesar da queda marginal, o setor registrou ganhos semanais, equilibrando-se entre as tensões no Oriente Médio e as flutuações nas economias chinesa e mundial.
O Brent, referência internacional para os preços do petróleo, fechou com uma redução de 0,54 dólar, atingindo 78,56 dólares por barril. Paralelamente, o petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos apresentou uma queda de 0,67 dólar, estabilizando-se em 73,41 dólares.
Na análise semanal, o Brent exibiu um crescimento aproximado de 0,5%, enquanto o contrato de referência norte-americano evidenciou um aumento superior a 1%. Esses números refletem uma resiliência notável do mercado petrolífero diante de desafios geopolíticos e econômicos.
No cenário chinês, o crescimento econômico aquém do esperado no último trimestre gerou incertezas quanto ao papel do país na demanda global por petróleo em 2024. "O mercado acionário chinês caiu esta semana para perto do menor nível em cinco anos", comentou Bob Yawger, diretor de futuros de energia do Mizuho Bank. Tal cenário sinaliza uma possível redução na demanda, fator que contribuiu para a diminuição dos preços do petróleo na sexta-feira.
Contudo, as tensões no Oriente Médio continuam a ser um elemento de sustentação dos preços. Na sexta-feira, o agravamento das tensões em Gaza, com avanços das forças israelitas contra militantes do Hamas, e os ataques dos Estados Unidos contra mísseis anti-navio houthi direcionados ao Mar Vermelho no início da semana, ressaltam os riscos geopolíticos na região.
Embora os conflitos no Oriente Médio não tenham interrompido diretamente a produção de petróleo, as interrupções na oferta na Líbia persistem. Este quadro ilustra a complexidade do mercado petrolífero, que permanece impactado tanto por questões geopolíticas quanto por variáveis econômicas globais. Em meio a essas incertezas, o mercado de petróleo demonstra uma capacidade de adaptação e resiliência, elementos cruciais para a estabilidade energética global.
