A Polícia Federal concluiu investigação que aponta que o deputado Eduardo Bolsonaro cometeu injúria ao chamar o delegado Fábio Alvarez Shor de “cachorrinho de Alexandre de Moraes” e “merecedor” do apelido de “putinha de Alexandre de Moraes” durante discurso na Câmara. As declarações ocorreram em 14 de agosto, enquanto o parlamentar exibia uma foto do delegado, criticando sua atuação em investigações que envolvem figuras públicas associadas a Jair Bolsonaro.
Apesar das evidências apresentadas, Eduardo não foi formalmente indiciado. O relatório conduzido pelo delegado Marco Bontempo não explicou os critérios para a decisão, gerando questionamentos sobre o rigor com que a apuração foi conduzida. No mesmo inquérito, o deputado Marcel Van Hattem foi indiciado por injúria e calúnia, em casos distintos, enquanto Cabo Gilberto Silva também foi investigado, mas sem acusações formais.
O episódio acirra o debate sobre a imparcialidade de instituições que deveriam garantir a ordem democrática. Para aliados de Eduardo, a investigação reflete uma tentativa de enfraquecer lideranças conservadoras. O caso reforça a necessidade de atenção ao papel das instituições em tempos de polarização crescente.