Nesta quinta-feira, a Polícia Federal avançou na Operação Última Milha, investigando o uso irregular da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para monitorar autoridades durante a gestão de Jair Bolsonaro. Daniel Ribeiro Lemos, assessor parlamentar, foi preso preventivamente por suspeita de envolvimento com uma suposta “estrutura paralela” de monitoramento. O deputado Pedro Jr. (PL-TO), para quem Ribeiro trabalhava, agiu rapidamente, exonerando o assessor e reforçando seu compromisso com a legalidade.
As investigações apontam que Ribeiro desempenhava um papel-chave na comunicação entre grupos de disseminação de desinformação e o governo, levantando questionamentos sobre a atuação da ABIN no período. Além da prisão de Ribeiro, depoimentos, como o do general Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro, estão sendo coletados para esclarecer o uso da estrutura de inteligência para fins políticos.
Enquanto o caso se desenrola, a atuação de figuras políticas como Carlos Bolsonaro é mencionada nas investigações. Ele, no entanto, nega qualquer participação no esquema, mantendo-se distante das acusações.