A Polícia Federal concluiu que a deputada Carla Zambelli não cometeu crime de coação contra ministros do Supremo. Segundo relatório, suas falas não ultrapassaram o campo da retórica, o que desmonta a acusação que resultou em sua condenação de 10 anos de prisão.
Mesmo assim, a decisão arbitrária da Corte segue em vigor, evidenciando a seletividade dos julgamentos.
A investigação também confirmou que Zambelli utilizou contas de terceiros para movimentar recursos após bloqueios determinados por Alexandre de Moraes. Foram analisadas 88 doações via Pix, incluindo R$ 5 mil do empresário Luciano Hang, totalizando R$ 336 mil em duas semanas. A manobra foi a única alternativa encontrada para driblar censura financeira imposta pelo próprio Supremo.
Apesar do relatório, Zambelli continua condenada pela suposta invasão ao sistema do CNJ, em mais um caso em que a palavra do STF se sobrepõe a provas técnicas. O episódio reforça a crítica de que ministros atuam como acusadores e juízes ao mesmo tempo, anulando garantias básicas e sufocando vozes que ousam enfrentar o sistema.