Um relatório da Polícia Federal, divulgado após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, acusa Jair Bolsonaro de suposto envolvimento em um “plano golpista” para manter-se no poder após as eleições de 2022. Com 900 páginas, o texto menciona um alegado plano de fuga e articulações que teriam ocorrido no Palácio do Planalto. As provas, consideradas “robustas e incontestáveis” por Moraes, incluem uma minuta que previa estado de sítio.
Bolsonaro repudiou as acusações, reafirmando que “sempre agiu dentro das quatro linhas da Constituição”. Ele apontou as denúncias como uma tentativa de manchar sua reputação e silenciar a oposição conservadora. O caso segue para análise da Procuradoria-Geral da República, com expectativa de denúncias contra 37 pessoas. A narrativa fortalece a percepção de judicialização da política contra o maior líder da direita brasileira.
As acusações infundadas são:
- Proteção em áreas-chave: Mobilização de militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para ocupar posições estratégicas nos Palácios do Planalto e da Alvorada, garantindo a segurança do então presidente.
- Sabotagem de estruturas estratégicas: Sob o codinome “Etta Estrg”, a ideia seria paralisar serviços essenciais do Estado como forma de pressão e desestabilização.
- Evacuação internacional: Implantação de uma rede de apoio para transportar Bolsonaro a outro país, com uso de aeronaves e operações coordenadas por forças especiais do Exército.