A Polícia Federal, sob ordens do ministro Alexandre de Moraes, investiga o pastor Silas Malafaia há dois meses, acusando-o de “integrar núcleo que articulou ataques ao STF”. A operação, autorizada pelo próprio Moraes, resultou na apreensão do celular, documentos e passaporte do líder evangélico, num processo que simboliza a escalada autoritária contra vozes religiosas e conservadoras.
Malafaia é acusado de criar e divulgar críticas a ministros e até de suposta negociação de “atos hostis dos EUA contra o Brasil” — acusações vagas que tocam diretamente na liberdade de expressão e na autonomia política garantidas pela Constituição. Moraes alega que o pastor “exerce liderança” em um grupo que visaria “coagir ministros do Supremo”.
Além de ter sido proibido de manter contato com Jair e Eduardo Bolsonaro, Malafaia denuncia perseguição religiosa e censura disfarçada de medida cautelar. O relatório da PF fala em “ações previamente ajustadas”, mas não apresenta provas concretas, reforçando a impressão de um processo movido mais por ideologia do que por justiça.