A Procuradoria-Geral da República, sob Paulo Gonet, exigiu que Dias Toffoli, do STF, decida sobre o arquivamento do procedimento administrativo contra a ONG Transparência Internacional. O magistrado iniciou o processo após a organização criticar sua decisão de esvaziar acordos de leniência da Lava Jato, sob alegações que carecem de evidências concretas. Gonet argumentou que a investigação é infundada e que não há competência do STF no caso. Toffoli, contudo, ignorou o pedido e ampliou o alcance das acusações.
Em outubro, Gonet reafirmou que as acusações carecem de “sustentáculo probatório” e pediu o encerramento do caso. Apesar disso, Toffoli optou por compartilhar informações com órgãos federais e o Congresso, reacendendo uma narrativa questionável sobre a gestão de recursos pela ONG. A atitude, segundo críticos, não só ignora a manifestação da PGR, mas também alimenta um cenário de insegurança jurídica.
O episódio revela uma postura preocupante de instrumentalização de órgãos do Estado, especialmente quando se trata de figuras ligadas ao atual governo. A insistência em processos sem provas concretas expõe a politização de investigações e reforça a necessidade de um Judiciário mais comprometido com a justiça do que com agendas partidárias.