A Procuradoria-Geral da República (PGR) encontrou indícios de peculato envolvendo o deputado André Janones (Avante-MG) e dois assessores, Mário Celestino e Alisson Camargo, após investigação da Polícia Federal sobre rachadinha no gabinete do parlamentar. Com evidências robustas, a PGR optou por propor um acordo de não persecução penal, permitindo o arquivamento do caso mediante o cumprimento de condições específicas pelos envolvidos.
O vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho, afirmou que a investigação trouxe provas suficientes para fundamentar o pedido de acordo, conforme o art. 28-A do Código de Processo Penal. O STF autorizou o acesso aos dados bancários e fiscais de Janones, enquanto a PGR solicitou a suspensão temporária do processo para negociação dos termos do acordo.
A investigação começou após a divulgação de um áudio, em 2022, onde Janones, supostamente, orientava assessores a devolver parte dos salários. Ex-assessores relataram retaliações ao recusar as devoluções, prática conhecida como “rachadinha”. A PF descreve Janones como "eixo central" do esquema, levantando questões sobre a integridade e transparência de seu mandato.
