A Procuradoria-Geral da República decidiu pelo arquivamento da investigação contra a ONG Transparência Internacional, que foi acusada de suposta apropriação indevida de recursos oriundos de acordos da Operação Lava Jato. O procurador-geral Paulo Gonet afirmou que não existem provas suficientes para dar continuidade ao processo, mas o debate sobre a atuação da ONG e suas ligações permanece. A decisão agora está nas mãos do ministro relator Dias Toffoli.
Dúvidas persistem sobre os acordos firmados
A notícia-crime foi apresentada por Rui Falcão e advogados alinhados, levantando suspeitas sobre a cooperação entre o Ministério Público e a Transparência Internacional durante a Lava Jato. A PGR, após sindicâncias, concluiu que não houve apropriação de capital pela ONG, porém, a relação entre o poder e essas organizações tem gerado debates, especialmente com a proximidade entre figuras da política e o Judiciário, reforçando a necessidade de maior transparência.
Nomeações e questionamentos no STF
A Transparência Internacional criticou decisões recentes, como as nomeações de Cristiano Zanin e Flávio Dino ao STF, o que alimenta questionamentos sobre a imparcialidade do tribunal. Além disso, a ONG expressou preocupação com o que chama de "assédio judicial", apontando que essas ações são tentativas de intimidação contra aqueles que investigam o poder. O arquivamento pode encerrar um capítulo, mas as controvérsias sobre as ligações entre política, justiça e ativismo estão longe de acabar.