O cenário econômico brasileiro, marcado pela inflação elevada e deterioração fiscal, tem gerado grande aversão ao risco nos mercados. Em 2024, o Ibovespa tem oscilado bruscamente, refletindo a baixa confiança dos investidores. Após atingir um recorde de 137.343 pontos em agosto, a bolsa voltou a cair, fechando em 131.005 pontos recentemente. A saída massiva de dólares, que já totaliza US$ 52,4 bilhões este ano, reforça a desconfiança no mercado de ações.
Gestoras renomadas, como a Verde Asset e a XP Asset Management, têm ajustado suas estratégias. O fundo Verde, um dos mais tradicionais do país, praticamente zerou sua exposição em ações brasileiras, preferindo papéis atrelados à inflação. A persistente incerteza fiscal e o aumento dos juros prejudicam o desempenho da bolsa, e os gestores não vislumbram mudanças positivas no curto prazo.
Enquanto isso, a renda fixa se destaca como a principal alternativa para investidores, com os juros das Notas do Tesouro Nacional (NTN-B) atingindo quase 7%. O Tesouro Direto bateu recorde de transações, e especialistas acreditam que o cenário seguirá favorecendo investimentos mais conservadores, diante da instabilidade no mercado acionário.