Pix sob vigilância: Receita Federal impõe retrocesso no comércio brasileiro

Norma fiscal provoca abandono de Pix e cartões, gerando insegurança e retrocesso econômico

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Pix sob vigilância: Receita Federal impõe retrocesso no comércio brasileiro
Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

A Instrução Normativa 2219/2024, da Receita Federal, transformou a forma como transações financeiras são monitoradas no Brasil, mas o resultado foi desastroso. O rastreamento de movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas levou comerciantes e profissionais liberais a abandonar meios de pagamento modernos como Pix e cartões, temendo represálias fiscais. Essa medida, anunciada sob o pretexto de "transparência", tornou o dinheiro em espécie a opção preferida, marcando um retrocesso na modernização econômica do país.

O Brasil, que vinha sendo um modelo global de inovação digital com o avanço do Pix, agora enfrenta um cenário caótico. Profissionais relatam insegurança diante da vigilância intensiva e da plataforma e-Financeira, centralizadora dos dados financeiros. "Prefiro aceitar apenas dinheiro. Assim, evito problemas com o fisco", afirmou um comerciante. O impacto disso é direto: custos operacionais sobem, transparência é comprometida, e consumidores perdem a conveniência dos pagamentos digitais.

Enquanto o governo tenta justificar a medida como necessária para o "gerenciamento de riscos fiscais", associações empresariais e especialistas alertam para os danos ao sistema financeiro. Ao ignorar as consequências práticas da norma, a Receita Federal inviabiliza avanços tecnológicos e prejudica pequenos negócios que dependem da inovação para crescer. O Brasil, ao invés de seguir no caminho da modernidade, está dando passos largos rumo ao atraso.