A composição do secretariado de Ricardo Nunes (MDB) em seu segundo mandato como prefeito de São Paulo gerou insatisfação na bancada de vereadores do PL. A sigla, que desempenhou papel crucial na aliança política, esperava maior participação em pastas de relevância estratégica. Até agora, o partido assumirá apenas três secretarias: Verde e Meio Ambiente, Relações Internacionais e Projetos Estratégicos, sendo esta última liderada pelo vice-prefeito Coronel Melo Araújo, indicado por Jair Bolsonaro.
Nos bastidores, integrantes do PL afirmam que foram excluídos das negociações, conduzidas diretamente entre o prefeito e a cúpula nacional do partido. A ausência de diálogo gerou frustração, especialmente após a escolha de Orlando Morando para a Secretaria de Segurança Pública, contrariando expectativas de que Melo Araújo assumisse a pasta. Essa situação intensificou o descontentamento entre os vereadores da legenda.
O clima de tensão pode dificultar a aprovação de projetos na Câmara Municipal, ameaçando a governabilidade de Nunes. Para evitar um impasse, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, convocou uma reunião com os parlamentares para buscar uma solução e apaziguar os ânimos. O encontro será na próxima segunda-feira, em São Paulo, e deverá definir os rumos da relação entre o partido e a gestão municipal.