Planalto ameaça punir aliados favoráveis à anistia

Governo pressiona base e condiciona cargos à fidelidade política

· 1 minuto de leitura
Planalto ameaça punir aliados favoráveis à anistia
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Palácio do Planalto intensificou as pressões contra a proposta que concede anistia aos condenados de 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em reuniões reservadas, interlocutores de Lula avisaram deputados e senadores que indicações em cargos federais serão revistas caso apoiem a medida.

O recado é claro: fidelidade ao governo será critério decisivo para manutenção de espaços na máquina pública.

Segundo apurou a Folha de S. Paulo, ministros e líderes partidários foram instruídos a barrar a pauta a qualquer custo, inclusive com uso de emendas parlamentares e controle da estrutura federal.

Nos bastidores, aliados admitem que a votação será um “divisor de águas” para medir quem permanece alinhado até 2026.

Apesar da pressão, partidos como União Brasil e PP já se posicionaram a favor da anistia, mesmo controlando ministérios e estatais. O Planalto prepara um levantamento detalhado de cargos ocupados por aliados e não descarta acionar ministros licenciados no Congresso para reforçar a resistência. Para Lula, a aprovação da proposta representaria uma derrota política e fragilizaria ainda mais sua posição.