O Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça optaram pelo silêncio diante da exclusão de jornalistas da Folha de S.Paulo de uma coletiva promovida pela Polícia Federal em Brasília. A decisão, tomada pelo diretor-geral Andrei Rodrigues, gerou críticas de entidades como ANJ e ABI, que apontaram violação à liberdade de imprensa e ao princípio da impessoalidade, previsto na Constituição. A Folha formalizou questionamentos, mas não obteve resposta das autoridades até o momento.
O partido Novo acionou a Procuradoria da República no DF, denunciando possível prevaricação e improbidade administrativa. Enquanto isso, Jair Bolsonaro criticou a decisão nas redes, afirmando: “Mesmo discordando da Folha, jamais impedi seu trabalho”. Já Andrei Rodrigues, ao ser indagado durante o evento, evitou esclarecer os motivos do veto.
A coletiva, que reuniu 30 jornalistas de outros veículos, destacou os feitos da gestão de Rodrigues, mas também foi marcada por cobranças sobre lacunas na investigação de suposta trama golpista. O caso reacende o debate sobre o equilíbrio entre autoridade pública e liberdade de imprensa no país.