Planalto, Justiça e PF mantém silêncio sobre veto de diretor-geral à presença da Folha em entrevista

Mesmo questionados sobre eventual afronta aos princípios constitucionais da impessoalidade e da transparência, órgãos silenciam sobre decisão de Andrei Rodrigues

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Planalto, Justiça e PF mantém silêncio sobre veto de diretor-geral à presença da Folha em entrevista
Foto: Marcelo Camargo/ABr

O Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça optaram pelo silêncio diante da exclusão de jornalistas da Folha de S.Paulo de uma coletiva promovida pela Polícia Federal em Brasília. A decisão, tomada pelo diretor-geral Andrei Rodrigues, gerou críticas de entidades como ANJ e ABI, que apontaram violação à liberdade de imprensa e ao princípio da impessoalidade, previsto na Constituição. A Folha formalizou questionamentos, mas não obteve resposta das autoridades até o momento.

O partido Novo acionou a Procuradoria da República no DF, denunciando possível prevaricação e improbidade administrativa. Enquanto isso, Jair Bolsonaro criticou a decisão nas redes, afirmando: “Mesmo discordando da Folha, jamais impedi seu trabalho”. Já Andrei Rodrigues, ao ser indagado durante o evento, evitou esclarecer os motivos do veto.

A coletiva, que reuniu 30 jornalistas de outros veículos, destacou os feitos da gestão de Rodrigues, mas também foi marcada por cobranças sobre lacunas na investigação de suposta trama golpista. O caso reacende o debate sobre o equilíbrio entre autoridade pública e liberdade de imprensa no país.