No último domingo (25), a Avenida Paulista, em São Paulo, transformou-se no epicentro de uma grande manifestação pró-Bolsonaro, marcada por uma atmosfera de conciliação e combatividade. Organizadores do evento tomaram cuidados meticulosos para assegurar que mensagens controversas fossem afastadas, preservando o caráter cristão e familiar que define a direita conservadora brasileira.
O ato, iniciado às 15h, atraiu centenas de milhares de apoiadores, preenchendo a emblemática via com uma maré de pessoas. Segundo estimativas da Polícia Militar, cerca de 750 mil participantes marcaram presença, sem registro de incidentes significativos. A manhã já dava sinais do que estava por vir, com as cores verde e amarelo predominando nas vestimentas dos manifestantes, animando o comércio local.
Em um gesto de solidariedade internacional, alguns dos presentes exibiram bandeiras de Israel, em resposta às críticas e comparações infelizes feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desencadearam uma crise diplomática de grandes proporções.
Contrariando as expectativas de chuva, o dia foi marcado por um sol intenso, que, apesar de exaltar os ânimos, levou alguns participantes a necessitarem de atendimento médico, prontamente socorridos pelas forças de segurança e pelo corpo de bombeiros. O comandante da Polícia Militar, coronel Marcelo Vieira Salles, esteve à frente da operação, garantindo a ordem durante o ato.
A manifestação contou com a presença de mais de 100 figuras políticas, incluindo governadores, deputados e senadores, reafirmando as alianças da direita com vistas às futuras eleições municipais e presidenciais. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) compareceu, demonstrando seu apoio, embora, como os demais políticos, não tenha assumido papel central nos discursos.
Dois trios elétricos foram estrategicamente posicionados, servindo como palcos para os discursos e encontro de políticos e personalidades. Silas Malafaia, um dos organizadores, teve que intervir para controlar o acesso ao trio elétrico principal, devido à sua capacidade limitada.
Dentre os temas abordados, destacaram-se a defesa da democracia, a liberdade de expressão e a lembrança de Cleriston Pereira da Cunha, cuja morte reacendeu debates sobre a justiça e a equidade no tratamento de manifestantes de diferentes espectros políticos. O governador Tarcísio de Freitas homenageou Bolsonaro, destacando-o não apenas como indivíduo, mas como a representação de um movimento que transcende sua figura, ressaltando os impactos positivos de seu governo na economia e na atração de investimentos para o Brasil.
Este evento na Paulista não foi apenas uma demonstração de apoio a Bolsonaro, mas um manifesto de princípios conservadores, liberdade de expressão e solidariedade internacional, reiterando a força e a coesão da direita brasileira no cenário político atual.