O crescimento vertiginoso de Pablo Marçal nas pesquisas eleitorais tem causado inquietação nos bastidores do Palácio do Planalto. Ministros do governo Lula, cientes da força emergente de Marçal, veem Marçal como um adversário perigoso que pode ameaçar a hegemonia da esquerda na disputa pela Prefeitura de São Paulo. “Ou alguém o destrói com todos os podres dele ou ele é competitivo, podendo ganhar, sim, a eleição”, afirmou um influente ministro, sob condição de anonimato.
Marçal tem se destacado por ocupar o espaço do conservadorismo que antes era dominado pelo "bolsonarismo raiz", conquistando um eleitorado que busca alternativas fora do espectro ideológico de esquerda. A possível chegada de Marçal ao segundo turno contra Guilherme Boulos (PSOL) representa uma mudança significativa no cenário político paulistano. A incerteza que permeia essa etapa do pleito assusta os aliados de Lula, que reconhecem a imprevisibilidade de uma disputa direta com Marçal.
Enquanto os adversários tentam encontrar maneiras de enfraquecê-lo, Marçal continua a expandir sua influência, especialmente nas redes sociais, onde se comunica de forma eficaz com seus seguidores. Nos corredores do poder, há um reconhecimento discreto dessa habilidade, embora prevaleça a preocupação de que, sem um ataque eficaz, Marçal possa surpreender e sair vitorioso, abalando os alicerces da esquerda.
Fonte: Igor Gadelha / Metrópoles