A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação neste domingo (24) visando os suspeitos apontados como os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Três mandados de prisão foram cumpridos, juntamente com 12 mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro.
De acordo com informações obtidas, os detidos incluem os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.
Um dos envolvidos, preso durante a operação de hoje, assumiu o comando da polícia civil no dia 13 de março e o assassinato de Marielle Franco ocorreu dia 14.
Barbosa foi empossado pelo então secretário de Estado de Segurança do Rio, Richard Nunes, indicado pelo interventor federal Walter Braga Netto. O governador do Rio, há época, era Luiz Fernando Pezão (MDB).
O Secretário Richard Nunes também é General do Exército e foi escolhido por Braga Netto.
Ao concluir seu discurso, o chefe de polícia fez referência a Winston Churchill e instou os policiais presentes a estarem preparados para enfrentar conflitos.
Rivaldo Barbosa sucedeu o delegado Carlos Augusto Leba na chefia da polícia. Leba ocupava o cargo desde outubro de 2016.
Em 16 de fevereiro de 2018, o então Presidente da República Michel Temer nomeou o General Braga Netto como interventor na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, concedendo-lhe plenos poderes sobre a Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros no estado, através de decreto.