A rápida queda na aprovação de Lula acendeu um alerta no mercado financeiro, que teme uma escalada da irresponsabilidade fiscal em meio à crise política. A pesquisa Datafolha revelou uma queda de 35% para 24% na aprovação do presidente, enquanto a rejeição disparou para 41%. Esse cenário inédito em seus três mandatos evidencia um desgaste crescente, que já atinge até setores historicamente alinhados ao governo.
A desconfiança não é sem motivo. Apesar do discurso de controle fiscal, a gestão tem demonstrado sinais de fraqueza, como a crise gerada pela proposta de monitoramento do Pix acima de R$ 5 mil, que causou forte reação negativa. O mercado também observa com apreensão a alta do dólar e da inflação, fatores que corroem o poder de compra da população e atingem em cheio os mais pobres, onde a popularidade do presidente caiu para 29%.
Buscando conter o desgaste, o governo aposta na ampliação de benefícios como o Pé-de-Meia e o Auxílio-Gás, além da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. No entanto, qualquer ampliação de gastos pode agravar o rombo fiscal, gerando reações ainda mais negativas. Com manifestações marcadas contra Lula e a oposição se reorganizando, o presidente enfrenta um momento crítico, no qual cada erro pode custar ainda mais caro.
