Diante de uma clara escassez de apoio parlamentar, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva emprega estratégias para adiar, mais uma vez, a sessão do Congresso agendada para analisar 32 vetos presidenciais. Prevista para ocorrer na quinta-feira (9), a sessão enfrenta obstáculos, com o Palácio do Planalto citando os desastres naturais no Rio Grande do Sul como pretexto para um novo adiamento.
A posição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), geralmente alinhada com o governo, desta vez diverge, mostrando resistência à proposta de adiamento, que encontrou pouco entusiasmo entre os parlamentares de ambas as casas. Este cenário reacende tensões vistas anteriormente, como no episódio do dia 24 de abril, exacerbando a fricção política.
O foco nos vetos se intensifica à medida que o Congresso manobra recursos do DPVAT, visando liberar R$ 15 bilhões para uso discricionário do governo. A promessa de direcionar parte desse montante para emendas parlamentares torna-se um ponto chave nas negociações. Atualmente, o Executivo busca recompor aproximadamente R$ 3,6 bilhões de emendas vetadas por Lula, sendo R$ 2,4 bilhões destinados à Câmara e o restante ao Senado.
A definição sobre a revisão dos vetos permanece uma questão crítica, influenciando a relação entre o Executivo e o Legislativo em um momento politicamente delicado para o país.