O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou no sábado (29), no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, que a Caixa Econômica Federal não poderá liberar recursos para a expansão da Linha 5-Lilás do Metrô até o bairro. A decisão ocorreu devido à ausência do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a assinatura do contrato.
O evento, que deveria formalizar os investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), foi adiado. "A gente ia assinar o contrato da chegada do metrô para chegar até aqui [ao Jardim Ângela]. Mas o prefeito, que nos deu o terreno, não veio, nem o governador. Então a Caixa Econômica Federal e o ministro das Cidades resolveram não assinar porque é importante a gente fazer isso junto com o governador e o prefeito", disse Lula.
A ausência de Nunes e Tarcísio ressaltou as tensões políticas em torno da expansão do metrô. O evento do dia 21, onde ambos assinaram um contrato para a extensão da Linha 5-Lilás, foi visto como precipitado e politicamente motivado. Guilherme Boulos (PSol), deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, criticou a atitude de Nunes e Tarcísio, afirmando que o evento anterior foi organizado às pressas, atribuindo uma obra federal ao governo local.