Desde outubro do ano passado, o custo dos alimentos consumidos nas residências dos brasileiros tem registrado um crescimento expressivo, ultrapassando os índices inflacionários. Neste início de ano, janeiro e fevereiro já apontaram uma elevação de 2,95% nos preços, valor significativamente superior ao 1,25% do IPCA, que mede a inflação oficial do país.
Este cenário mobilizou o presidente Lula, que promoveu um encontro ministerial com o objetivo de formular estratégias para a estabilização dos preços alimentícios, destacando a preocupação do governo com a situação.
Em fevereiro, a variação de preços foi impulsionada por itens básicos como cebola, batata-inglesa, frutas, arroz e leite longa vida. Destacam-se, ao longo do ano, aumentos de 38,24% no preço da batata-inglesa e de 56,99% na cenoura, refletindo diretamente no orçamento familiar.
André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, esclarece que os ajustes nos valores dos alimentos, sobretudo os in natura, decorrem de condições climáticas adversas, agravadas pelo fenômeno El Niño. Este evento climático trouxe consigo ondas de calor e precipitações acima da média, influenciando diretamente na produção e, consequentemente, nos preços.
A inflação dos alimentos impactou significativamente produtos essenciais na dieta dos brasileiros. Entre os itens com maior elevação percentual este ano, encontram-se:
- Cenoura: com um impressionante aumento de 56,99%,
- Batata-inglesa: 38,24%,
- Banana prata: 17,45%,
- Feijão carioca: 15,27%,
- Feijão preto: 11,95%,
- Arroz: 10,32%.
Este panorama reforça a necessidade de uma resposta coordenada entre o governo e a sociedade, visando a adoção de medidas eficazes que garantam a acessibilidade e a justiça nos preços dos alimentos, essenciais para a nutrição e o bem-estar das famílias brasileiras.