Na noite desta sexta-feira, 9 de fevereiro, a abertura do Carnaval de São Paulo foi palco de um momento de tensão política. O prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), enfrentou uma recepção adversa ao ser vaiado por parte do público presente no sambódromo do Anhembi. Acompanhado pelo governador em exercício, Felício Ramuth, bem como por familiares e assessores, Nunes percorreu a passarela do samba na zona norte da metrópole, desde a área de concentração das escolas de samba até o camarote da Prefeitura, situado no centro da avenida.Este incidente ocorreu em um contexto no qual o prefeito já se encontrava sob o escrutínio público devido a questões políticas de maior escala.
Momentos antes de sua chegada ao sambódromo, quando indagado por jornalistas sobre o impacto potencial de uma operação da Polícia Federal e a divulgação de vídeos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em discussões de teor golpista, Nunes optou por uma resposta evasiva. “Tenho plena confiança nas instituições”, afirmou, desviando do assunto principal para destacar o evento carnavalesco: “A eleição está muito longe. O que a gente está fazendo é o maior Carnaval do Brasil”.
Este episódio evidencia não apenas as divisões políticas que permeiam o cenário nacional, mas também destaca o Carnaval de São Paulo como um evento onde as paixões políticas e a celebração cultural se encontram. A presença de autoridades políticas em eventos de grande visibilidade pública frequentemente se torna um termômetro da opinião pública, como demonstrado pela reação do público no Anhembi.