Na cúpula do Brics, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, fez críticas contundentes à incapacidade da ONU em lidar com a crescente crise no Oriente Médio. Ao afirmar que “as instituições e estruturas internacionais não são capazes de apagar o fogo dessa crise”, ele aponta para uma realidade desconcertante: a fragilidade das organizações que deveriam zelar pela paz e segurança globais. As palavras de Pezeshkian, ditas na presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, revelam a falta de efetividade da diplomacia internacional diante de conflitos que persistem há décadas.
O líder iraniano também acusou Israel de “violar a soberania de muitos países” e de promover uma onda de violência. Essa retórica, no entanto, ignora o histórico de agressões do regime iraniano, que se posiciona como um defensor da paz, enquanto apoia grupos terroristas que ameaçam a estabilidade regional. O apoio inabalável de países ocidentais a Israel, mencionado por Pezeshkian, é uma tentativa de desviar a atenção dos próprios atos do Irã, que perpetua a instabilidade na região.
As chamadas por um cessar-fogo imediato e a retirada de tropas israelenses, embora possam parecer justas à primeira vista, carecem de uma análise mais profunda. A verdade é que o Irã, ao invés de buscar soluções pacíficas, usa a retórica de paz para camuflar suas ambições expansionistas. As instituições internacionais, longe de serem as garantidoras da paz, tornaram-se palcos para discursos que muitas vezes ignoram a realidade de uma geopolítica complexa e cheia de nuances.