O presidente do Comitê Nobel, Jørgen Frydnes, fez o que a ONU e boa parte do Ocidente evitam: chamou Maduro pelo nome e pelo método. Em Oslo, afirmou que “paz baseada em tortura, morte e sofrimento não é paz, é submissão”, desmontando o discurso diplomático que tenta vender a Venezuela como um problema resolvido. Denunciou ainda os “diálogos vazios” utilizados pelo regime para ganhar tempo — recado direto a quem insiste em negociar sem garantias reais.
Frydnes também expôs as alianças externas de Caracas com Rússia, Irã e Hezbollah, apontando o risco global de um regime que combina repressão interna com parcerias de alta toxicidade. A ausência forçada de María Corina, impedida de deixar o país mesmo após vencer as eleições, tornou-se símbolo do colapso institucional venezuelano.
O Nobel, neste ano, fez mais do que premiar: escancarou a fraude política de Maduro e constrangeu todos os governos que ainda fingem neutralidade diante de um regime que opera pela força.