Celas transformadas em suítes luxuosas foram encontradas no Complexo de Curado, em Recife (PE), revelando um sistema penitenciário onde a igualdade não é prioridade. Durante uma fiscalização do Ministério da Justiça, foram descobertas celas equipadas com banheiras, geladeiras e até produtos de estética. Enquanto isso, a maioria dos detentos vive em condições precárias, dormindo em camas de concreto, destacando o abismo entre os poucos privilegiados e a maioria esquecida.
Essas descobertas escandalosas levantam sérias questões sobre a gestão das prisões e a corrupção entranhada no sistema, especialmente em uma estrutura estatal que deveria zelar pela justiça e ordem. O Ministério Público de Pernambuco agora investiga como essas regalias entraram no complexo e quem são os responsáveis por permitir tais privilégios. A desigualdade gritante dentro dos presídios reflete a decadência de um sistema que não consegue impor um tratamento justo e igualitário, falhando em sua missão fundamental.
Enquanto o governo do estado promete requalificações e aumento de vagas, a verdadeira questão permanece: como podemos confiar em promessas quando o presente mostra uma realidade tão distorcida? As reformas anunciadas e a criação de novas vagas são paliativos frente à necessidade urgente de uma reforma que elimine privilégios e restabeleça a verdadeira justiça nas prisões.
