Pressão popular derruba proposta polêmica sobre alimentos vencidos

Após repercussão negativa, governo recua diante de críticas e questionamentos sobre segurança alimentar

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Pressão popular derruba proposta polêmica sobre alimentos vencidos
O Globo

Uma proposta da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) sugerindo a flexibilização dos prazos de validade dos alimentos gerou um turbilhão de críticas e expôs, mais uma vez, o despreparo da atual gestão federal. A ideia de comercializar itens como enlatados e biscoitos após o vencimento, mesmo que “seguros para consumo”, foi rapidamente desmentida pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Apesar da negativa, o episódio levantou questionamentos sobre a qualidade dos alimentos disponíveis à população e o compromisso do governo com a saúde pública.

Figuras proeminentes da oposição, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), ironizaram a proposta. Em uma publicação que viralizou, Ferreira disparou: “A picanha não veio, e se vier, será podre.” A indignação também foi compartilhada por Eduardo e Flávio Bolsonaro, que alertaram para os riscos de precedentes perigosos. “Estamos falando de qualidade alimentar sendo colocada em risco. Isso é inadmissível”, destacou Flávio. O descontentamento tomou conta das redes sociais, com a hashtag #ComidaVencida denunciando o que muitos consideraram uma afronta à segurança alimentar.

Mesmo com a tentativa do governo de minimizar os danos, a proposta evidenciou o desalinho entre as necessidades da população e as ações do poder público. A Abras argumentou que a medida visava evitar desperdícios, mas a rejeição popular foi clara. Enquanto a saúde dos brasileiros continuar sendo alvo de propostas mal formuladas, é preciso vigilância constante para impedir que decisões desastrosas prejudiquem ainda mais a qualidade de vida no país.