Um relatório crucial, intitulado "Brasil 2040", que antecipava severas mudanças climáticas e suas consequências devastadoras para o Brasil, foi negligenciado durante a gestão de Dilma Rousseff. O estudo, que custou R$ 3,5 milhões aos cofres públicos, previa um aumento significativo das chuvas no Sul, além de elevação do nível do mar, ondas de calor mortais e o colapso de hidrelétricas.
A pesquisa, realizada por mais de 30 especialistas de distintas universidades, incluindo a Universidade Federal do Ceará, foi completada em 2014. No entanto, ao invés de ser empregado para preparar o país contra esses impactos, o relatório foi deliberadamente ignorado. Segundo a investigação, a presidente da época fez uma reforma ministerial, substituindo os responsáveis pelo estudo, o que resultou no arquivamento do projeto "Brasil 2040".
Entre as advertências do estudo estava a redução da capacidade de produção da usina de Belo Monte em até 50% devido às secas previstas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Esse fato se mostrou inconveniente para o governo, que na época avançava na construção da usina.
Este descaso não só reflete uma gestão irresponsável dos recursos naturais e financeiros, mas também revela uma falta de comprometimento com a segurança e o bem-estar da população brasileira. A decisão de não publicar o estudo e de minimizar suas previsões alarmantes trouxe consequências que o país enfrenta hoje, evidenciando a gravidade de ignorar a ciência por conveniências políticas.