Primeira-dama de Cuiabá e Saúde avançam na estruturação da Casa do Autista

Projeto transformará prédio histórico em centro de referência para atendimento de crianças com TEA

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Primeira-dama de Cuiabá e Saúde avançam na estruturação da Casa do Autista
Crédito: Daniella Duque

A primeira-dama e vereadora de Cuiabá, Samantha Iris, se reuniu nesta quarta-feira (12) com a secretária municipal de Saúde, Danielle Carmona, para definir a participação da pasta no projeto da Casa do Autista, que será instalada no antigo prédio do Colégio Estadual Nilo Póvoas.

O encontro teve como objetivo planejar os serviços oferecidos, avaliar a viabilidade de habilitar o espaço como Centro de Reabilitação e organizar a estrutura operacional necessária.

Também participaram da reunião as diretoras Rosane Auxiliadora, de Atenção Especializada, e Ranaia Luma Vitalino da Silva, de Saúde Mental. Foram discutidos aspectos técnicos, arquitetônicos e operacionais para garantir o funcionamento adequado da unidade.

A habilitação como Centro de Reabilitação permitirá receber recursos do Ministério da Saúde para custeio e manutenção.

O projeto, idealizado por Samantha, já contou com alinhamentos junto às secretarias de Assistência Social, Direitos Humanos e Inclusão e de Educação.

Iniciativa, inspirada em visita técnica a Balneário Camboriú (SC), mobilizou empresários, parlamentares e famílias cuiabanas, buscando oferecer um espaço completo de cuidado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na capital mato-grossense.

Mais sobre o TEA:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é chamado de “espectro” justamente porque abrange uma grande variedade de níveis de funcionamento e necessidades, que podem variar muito de pessoa para pessoa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o DSM-5 (manual de diagnóstico psicológico) classificam o TEA em três níveis principais, baseados no grau de apoio que cada pessoa precisa para se comunicar, interagir e lidar com a vida diária.


Nível 1 – Necessita de apoio

  • Pessoas nesse nível apresentam dificuldades sociais e de comunicação, mas conseguem se virar relativamente bem com alguma ajuda.
  • Podem ter interesses restritos e comportamentos repetitivos, mas conseguem participar de atividades cotidianas com supervisão mínima.
  • Exemplo: pode ter dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, mas consegue trabalhar ou estudar com pequenas adaptações.

Nível 2 – Necessita de apoio substancial

  • Aqui, as dificuldades são mais evidentes e afetam a vida diária de forma significativa.
  • A pessoa precisa de apoio mais constante para socializar, lidar com mudanças ou controlar comportamentos repetitivos.
  • Exemplo: pode precisar de ajuda para organizar atividades, compreender instruções complexas ou controlar crises de ansiedade.

Nível 3 – Necessita de apoio muito substancial

  • Esse é o nível em que a pessoa precisa de suporte intenso e contínuo.
  • Dificuldades de comunicação podem ser severas; comportamentos repetitivos e resistência a mudanças são mais intensos.
  • Exemplo: pode depender de supervisão completa para cuidar de si mesma, frequentar escola ou se integrar socialmente.

Importante:
O nível de autismo não define inteligência ou potencial. Muitas pessoas com TEA têm habilidades extraordinárias em áreas específicas, como memória, matemática, música ou arte. O nível indica o quanto de suporte é necessário, e não limita sonhos, aprendizado ou qualidade de vida.