A determinação do ministro Alexandre de Moraes de impor prisão domiciliar a Jair Bolsonaro provocou tensão nos bastidores do Supremo.
Ministros ouvidos pela Revista Oeste afirmaram, sob anonimato, que a medida foi precipitada e que seria mais prudente aguardar o fim da ação penal sobre a suposta tentativa de golpe.
A decisão acirra ânimos políticos, especialmente após os EUA aplicarem sanções a Moraes. Nos bastidores, ministros temem que parentes e bens no exterior sejam afetados, apesar do discurso altivo adotado oficialmente.
O mal-estar interno ficou evidente quando cinco ministros se ausentaram de um jantar com Lula, articulado por Barroso e Gilmar Mendes.
Analistas apontam que, além de confrontar a base bolsonarista, a medida fragiliza a imagem de unidade da Corte em um momento de forte desgaste político e pressão internacional.