Prisões sem provas: o escândalo internacional por trás do caso Filipe Martins

Documento falso nos EUA sustentou a prisão ilegal do ex-assessor por sete meses, revelando um dos maiores abusos judiciais já registrados contra um cidadão brasileiro.

· 1 minuto de leitura
Prisões sem provas: o escândalo internacional por trás do caso Filipe Martins
Reprodução

A prisão de Filipe Martins, ex-assessor presidencial, baseou-se em um documento falso inserido no sistema migratório dos Estados Unidos, supostamente comprovando sua entrada em Orlando em dezembro de 2022.

Farsa, divulgada inicialmente por veículos alinhados à narrativa oficial, serviu de base para o ministro Alexandre de Moraes decretar sua prisão em fevereiro de 2024.

Meses depois, investigações da imprensa independente e do próprio Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA confirmaram: Martins jamais esteve em território americano na data citada. Ainda assim, a Polícia Federal manteve a acusação sem apresentar provas concretas.

Em outubro de 2025, o governo americano desmentiu oficialmente a versão usada para prender o ex-assessor e anunciou investigação sobre a inserção criminosa do dado falso em seus registros. O caso expõe um gravíssimo abuso de autoridade e uma afronta à soberania jurídica, mostrando até onde vai a manipulação quando a Justiça se transforma em instrumento político.