A censura imposta ao ex-deputado Homero Marchese pelo STF, em um processo conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, expõe a preocupante interferência de órgãos eleitorais em investigações criminais. O caso, mantido em sigilo por quase dois anos, revela erros graves e o uso indevido do Tribunal Superior Eleitoral para perseguir adversários políticos, desconsiderando princípios básicos de justiça e transparência.
Moraes, ao bloquear as contas de Marchese nas redes sociais, baseou-se em uma identificação equivocada, gerada por relatórios questionáveis. Mesmo diante das evidências, a decisão foi tomada sem consultar o Ministério Público ou a Polícia Federal, silenciando Marchese por meses. Esse episódio não apenas ilustra o excesso de poder concentrado nas mãos de um ministro, mas também levanta sérias dúvidas sobre o uso da estrutura do Estado para suprimir vozes conservadoras.
A ação contra Marchese, marcada por contradições e falhas processuais, reflete um cenário de crescente judicialização da política, onde decisões monocráticas têm o potencial de moldar o debate público, prejudicando o equilíbrio democrático.