O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao STF autorização para que a Polícia Federal investigue usuários que, supostamente, violaram uma ordem de bloqueio emitida por Alexandre de Moraes, utilizando o X (antigo Twitter) durante a proibição. O foco das investigações será o "discurso de ódio" e a divulgação de "maliciosas inverdades". No entanto, o que muitos enxergam é uma tentativa clara de controle e restrição da liberdade de expressão, baseando-se em critérios vagos e politicamente enviesados.
A ordem de Moraes, que estipulou uma multa de R$ 50 mil para quem burlar a proibição por meio de VPNs, trouxe à tona um debate acalorado. Figuras conservadoras, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, mantiveram sua presença na plataforma, levantando questões sobre o real objetivo dessa restrição. O bloqueio temporário em 17 de setembro, ironicamente, mostrou que mesmo com as limitações impostas, a força das redes sociais como canal de voz permanece inabalável.
A ação coordenada pelo STF não se trata de simples fiscalização, mas de um preocupante precedente no cerceamento de direitos. O uso do poder judicial para vigiar a liberdade de opinião e expressão levanta preocupações em uma sociedade que valoriza esses pilares fundamentais. Controlar o uso de uma rede social, especialmente em tempos de eleição, pode ser visto como uma estratégia para suprimir vozes conservadoras que divergem do establishment.