A recente medida provisória autorizando a importação de 1 milhão de toneladas de arroz provocou reações diversas entre os produtores nacionais. A Federarroz, representando os arrozeiros do Rio Grande do Sul, afirmou que não há risco de desabastecimento, destacando uma safra projetada em 7.150 toneladas para 2023/2024, quantidade suficiente para atender à demanda interna. Mesmo enfrentando dificuldades logísticas devido a estradas interditadas, a Federarroz garante que a situação "será brevemente superada".
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), vice-presidente da Comissão de Agricultura, criticou a medida como "intempestiva e desnecessária", sugerindo que o governo deveria focar no escoamento do produto e na emissão de notas fiscais para transporte. O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou a importação de arroz da Tailândia, justificando a ação como necessária para regular a oferta e estabilizar os preços, após perdas causadas por enchentes no Rio Grande do Sul.
Alexandre Velho, presidente da Federarroz, discorda da necessidade de importação, afirmando que "temos bastante arroz para deslocar para as regiões centrais do Brasil. Então não existe qualquer problema com relação ao abastecimento ou uma necessidade urgente de importação". Ele destaca a capacidade do Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional, e de outros estados produtores, em fornecer o arroz necessário ao país. A medida, embora vise estabilidade, não foi bem-recebida por muitos no setor agrícola, que temem a desvalorização da produção nacional.