O deputado Guilherme Derrite anunciou nesta terça (11) que desistiu de equiparar facções criminosas a grupos terroristas e de alterar competências da Polícia Federal. Segundo ele, o recuo ocorreu após interpretações equivocadas de seu parecer, que buscava preservar atuação das polícias estaduais. O projeto, que deveria fortalecer o combate a PCC e Comando Vermelho, manterá facções sem classificação terrorista.
Críticos apontam capitulação completa diante de pressões públicas do governo, PF e mercado financeiro, transformando o PL antifacção em texto esvaziado. A centralização da PF política permanece, e não há mecanismos para cooperação plena entre polícias estaduais e federais.
Enquanto o Brasil segue com crescimento da criminalidade, a votação do projeto ocorrerá nesta quarta (12) no plenário da Câmara, sem mudanças significativas. Especialistas alertam que o país perde oportunidade histórica de endurecer a lei contra organizações criminosas estruturadas e violentas.