Promotor do Chile acusa Venezuela de encomendar assassinato de ex-militar opositor

Ojeda foi sequestrado em seu apartamento em Santiago por homens vestidos de policiais; corpo enterrado sob concreto e modus operandi do crime afastam hipótese sobre envolvimento de facções, diz MP

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Promotor do Chile acusa Venezuela de encomendar assassinato de ex-militar opositor
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No Chile, a morte do ex-militar Ronald Ojeda Moreno, opositor do governo venezuelano, toma contornos de um thriller internacional após o Ministério Público apontar que o crime foi "encomendado da Venezuela". As investigações apontam para uma execução com requintes de complexidade que ultrapassa as ações típicas de organizações criminosas locais.

— "Há um grau de organização, de execução desse crime que não vimos antes", comentou o promotor Héctor Barros, eliminando a hipótese de envolvimento do grupo conhecido como Trem de Aragua, que, segundo ele, não possui histórico de agir sob disfarces ou ocultar vestígios a tal grau.

O ato, que incluiu disfarces de policiais e um enterro meticuloso da vítima sob concreto, distingue-se pela sua premeditação e métodos, o que sugere um planejamento minucioso e recursos consideráveis.

Caracas nega veementemente qualquer envolvimento no caso, com o deputado Diosdado Cabello descredibilizando as acusações em seu programa de televisão. O crime, que segue em aberto, já resultou na prisão de um jovem venezuelano e na identificação de suspeitos foragidos, ampliando o mistério e a tensão nas relações internacionais.